As crianças de hoje em dia estão diferentes. Os pais e os
profissionais que lidam com as crianças estão assustados com as suas novas formas de
agir e questionam-se se serão os pais que estão a educar de modo
diferente e a serem demasiado permissivos ou se serão as próprias crianças que
estão diferentes e que têm um modo de agir diferente daquele a que estávamos habituados
antigamente. De facto, as crianças estão menos submissas, mais abertas, revindicam
mais, não se deixam ficar, contestam, não aceitando a autoridade imposta.
Estas crianças não aceitam qualquer situação de vida, movimentam-se, querem brincar e explorar o mundo livremente, querem expressar as suas ideias em vez de receberem apenas ordens dos pais e figuras de autoridade… Enfim, estão a querer expressar-se num mundo que antes era de submissão e que agora começa a querer trilhar o seu próprio caminho. Para além disso estão a ficar mais inteligentes e são mais estimuladas precocemente devido aos imensos estímulos que estão constantemente disponíveis e acessíveis a estas.
Por outro lado, apesar de estarem cognitivamente mais inteligentes (QI), estão emocionalmente menos desenvolvidas (QE) e muitas vezes não conseguem lidar facilmente com a frustração, cabe aos pais compreender o motivo de frustração e acompanhar a criança no processo de compreensão das suas emoções canalizando-as de forma correcta (p.e. através da conversa) e não expansiva (p.e. através da agressividade).
Estas crianças não aceitam qualquer situação de vida, movimentam-se, querem brincar e explorar o mundo livremente, querem expressar as suas ideias em vez de receberem apenas ordens dos pais e figuras de autoridade… Enfim, estão a querer expressar-se num mundo que antes era de submissão e que agora começa a querer trilhar o seu próprio caminho. Para além disso estão a ficar mais inteligentes e são mais estimuladas precocemente devido aos imensos estímulos que estão constantemente disponíveis e acessíveis a estas.
Por outro lado, apesar de estarem cognitivamente mais inteligentes (QI), estão emocionalmente menos desenvolvidas (QE) e muitas vezes não conseguem lidar facilmente com a frustração, cabe aos pais compreender o motivo de frustração e acompanhar a criança no processo de compreensão das suas emoções canalizando-as de forma correcta (p.e. através da conversa) e não expansiva (p.e. através da agressividade).
Neste
sentido, são os profissionais que devem tentar mudar
estas crianças e formata-las à luz daquilo que foram as crianças de
antigamente
ou serão as crianças que deverão moldar a intervenção dos profissionais
no
sentido de optimizar o potencial de cada uma delas? Acredito ser a
segunda
opção mas não é fácil porque uma vez tendo um padrão definido acerca do
que é expectável ser o papel de “filho” e “criança”, torna-se complicado
aceitar as suas ideias,
ouvi-los com respeito e atenção e procurar agir em conformidade com os
seus
interesses e não apenas com os interesses que os adultos têm para eles.
Claro que não estou a dizer que não deverá existir um plano prévio de educação mas sim que devemos desfocar a atenção em relação aquilo que foram as crianças de antigamente e que devemos optar por dependendo da criança em si, adequar as práticas educativas às necessidades em vez de optar por diagnostica-las com hiperactividade ou outras perturbações do desenvolvimento que tantas vezes escondem uma história de uma criança incompreendida e de uns pais desorientados que acreditam que o seu filho não se adapta à escola ou ao mundo quando na realidade o que se passa é que o mundo e a escola não se está a adaptar às crianças actuais.
Neste sentido, sabe-se que as crianças de hoje não aceitam
facilmente regras sem que lhes sejam explicadas claramente as razões e os
motivos para a sua existência e que muitas vezes até necessitam de discutir com
os próprios pais ou educadores sobre as regras. Por outro lado, as hierarquias deixaram de
servir como forma de poder (submissão) para passarem a ser vistas como forma de orientação para a
vida através de exemplos claros por parte dos adultos.
Concluindo, importa estarmos conscientes que as crianças
hoje em dia nasceram num mundo diferente daquele que existia anteriormente e
têm modos de agir e pensar diferentes dos que existiram e é mais eficaz
adaptar-nos a elas do que elas a nós porque quando são elas a nós vivem
rotuladas com perturbações do desenvolvimento e estão em constante luta entre o
que são e o que a sociedade quer fazer delas.
Será culpa dos pais ou culpa da sociedade em que eles hoje crescem? Creio que sejam das duas!
ResponderEliminarSim, quer a sociedade, quer os pais interferem com as crianças mas a ideia não é culpabiliza-los da mudança e sim que os pais e sociedade percebam que as crianças estão diferentes e que por isso eles devem adaptar-se a estas mudanças e dar espaço à criança para se exprimir na sociedade, não contribuindo para a igualdade de crianças (p.e. através dos medicamentos que as crianças com PHDA tomam para minimizar os sintomas).
ResponderEliminar