Objectivo do Blog

Este blog pertence a uma estudante de psicologia e pretende ser um local onde são colocados textos das diversas áreas temáticas do mundo da psicologia. O seu conteúdo é uma análise pessoal dos diversos temas junto com pesquisas em livros, internet e material académico.



Psicologia Organizacional

Paixão pelo trabalho

É fantástico quando conseguimos conciliar a nossa vontade de trabalhar com o prazer de o fazer. Não só acarreta uma maior motivação, empreendorismo, criatividade e inovação a nível profissional como ainda uma maior felicidade e satisfação a nível pessoal. No mundo da psicologia dada a enorme sobrecarga de profissionais, apenas aqueles que têm talento, que gostam e se motivam a sério conseguem obter aquilo que desejam. Em medicina, onde as médias são altíssimas e os salários são elevados deparamos-nos com a existência de verdadeiras máquinas humanas movidas a euros. De facto, na minha opinião sucesso mede-se com esforço, dedicação e paixão e por muito que uma pessoa se esforce se não existir gosto pelo que se faz não consegue ter os mesmos resultados daquelas pessoas que o têm. Ainda assim, na década de 80, as pessoas apenas se preocupavam em ganhar dinheiro para sobreviver dentro das condições que conseguiam. Hoje, assiste-se a uma progressiva procura da vocação e da orientação profissional pelo que se caminhamos a passos largos para um mundo mais competente e mais feliz. Considero que se todos nós fizermos aquilo em que somos bons, o mundo avança, evolui e tornamos a vida de cada um melhor. Não é necessário uma pessoa ser médica, advogada ou outro estereótipo de profissão que "assegura um bom futuro" para se ser bem sucedido. Uma pessoa que seja sociável e que tenha boa capacidade de comunicação e diálogo pode até tirar um curso de advocacia mas dada as suas características pessoais ser mais feliz e bem sucedida em negocios. Fruto da nossa sociedade de estereótipos profissionais, dos nossos pais, amigos ou até mesmo da socialização somos por vezes levados a escolher áreas que não são as nossas e onde jamais seremos bons. A meu ver, seja um carteiro, um banqueiro, um policia ou um agricultor, cada profissão tem as suas características e é passível de evolução e inovação. Um carteiro se for simpático, amigo, responsável, sincero, honesto, criativo e motivado pode conseguir prodígios em ser carteiro. Os pais e as mães muitas vezes, ainda que sem culpa, são os principais incentivadores de profissões que nem sempre são o garantir de sucesso dos filhos. É, por isso, necessário estar atento e perceber que independentemente da profissão que se escolher uma pessoa tem sucesso assim faça aquilo para que tem jeito, ou vulgarmente chamada, vocação. Às empresas, pede-se que estejam atentas aos profissionais que nelas trabalham e que possibilitem a mobilidade, a confiança e criatividade dos seus trabalhadores em cada uma das áreas em que trabalhem. Sendo esse um dos principais pilares da produtividade e satisfação no trabalho é benéfico para ambas as partes. Ainda assim, algumas pessoas têm o seu caminho já traçado e não por comodidade mas sim por falta de forças asseguram o trabalho que têm e referem a crise. Nesse caso, a pessoa opta e continuará no mesmo trabalho, ainda assim, pode existir uma visão nova e inovadora do mesmo. Isto é, ainda que não se altere o trabalho, podem existir inúmeras formas de ele conquistar a nossa vontade de trabalhar. Um dos passos mais importantes para o conseguir advém da capacidade de ser criativo. Ser criativo não só fomenta a vontade de trabalhar e produzir como a satisfação. Assim, se alguém trabalha num café faça-o do melhor modo possivel. Sinta que no seu modo de ser, é cada vez mais simpático, acolhedor e experiente. Trabalhe no que gosta e seja mais feliz e bem-sucedido. Nem todos fomos feitos para as várias profissões mas acredito que uma profissão em específico foi exactamente feita para nós. Todos juntos e individualmente fazemos então a diferença. Devemos por isso ser diferentes e inovar na área em que somos bons. Faça a diferença.

Importância da imagem pessoal
 A importância da imagem, por mais que sejamos humanistas, tem o seu impacto nas avaliações que fazemos dos outros. Desde a infância que começamos a ter preocupação com ela, inicialmente através dos nossos pais e posteriormente por nossa conta. Se somos meninas começamos por ter o estereótipo social de tomarmos conta da nossa imagem quer no que vestimos, quer no modo como nos posicionamos e naquilo que fazemos. No caso dos rapazes, existe a ideia do cuidado com a imagem mas ao mesmo tempo não passar demasiado cuidado mas sim o essencial. De facto, o poder da imagem inevitavelmente influencia aquilo que temos para dizer e mostrar ao mundo. Por muito talento que uma pessoa possa ter, caso não possua uma imagem que transmita bem-estar, saúde e seja apresentável, as oportunidades não abundam na sua vida. Cada vez mais há uma aposta nessa parte da nossa vida tendo esta impactos a nível da auto-estima, confiança, segurança, oportunidades de emprego, relacionamentos entre outros. O livro "O Principezinho" de Antoine de Saint- Exupéry tem uma pequena parte da história alusiva a este tema quando o protagonista pretende fazer a apresentação do seu projecto de asteróides aos cientistas mas por estar mal vestido estes não lhe dão credibilidade. Assim que instauraram um uniforme em que as pessoas todas se vestiam da mesma forma ele foi atendido. Esta importância da apresentação ocorre devido a um processo psicológico chamado de processo top-down de categorização. Este processo serve para que se consiga catalogar e categorizar o outro e permite-nos assim que conhecemos alguém criar uma estabilidade de determinados traços e prever os comportamentos. Este é um tema de grande análise no mundo da psicologia e insere-se na formação de impressões. Estudos elaborados na área do comportamento humano referem que a impressão formada acerca da pessoa que conhecemos baseia-se na aparência e acções, no tom de voz e na sua inteligencia. Em poucos segundos as pessoas integram determinada pessoa numa categoria que para elas é significatica (p.e.intelectual, trabalhador, responsável ou irresponsável, pouco trabalhador, inseguro). Avaliamos quanto à classe social, situação financeira, personalidade e até o nível de sucesso. Facilmente se percebe que os comportamentos que vamos ter perante essa pessoa vão ser reflexo destas avaliações que fazemos. De facto, muitos são os estudos em psicologia que demonstram a constância destas avaliações iniciais mesmo que posteriormente existam comportamentos que os contrariem. Daí a resistência que todos nós temos em aceitar a mudança, p.e. casos de violência domestica em que as vitimas acreditam que o agressor irá mudar. Existem várias áreas que envolvem a imagem pessoal, irei falar apenas de algumas.


  •  Terapias psicológicas onde a importância da imagem é um dos primeiros passos da terapia. Em casos de depressão, distorção de imagem, baixa auto-estima a aposta na imagem é extremamente relevante. Incentivar a pessoa a cuidar de si, a utilizar o modo de vestir como forma de ajudar a reflectir uma imagem psicológica mais positiva de si e dado o efeito pigmalião uma pessoa bonita e simpática recebe mais elogios e as pessoas são mais simpáticas com ela. No entanto, quando se fala em imagem pessoal não se fala apenas naquilo que vestimos mas também no modo como falamos, andamos, olhamos bem como a nossa postura e outros factores.
  • Coaching que aposta no marketing pessoal que é importante para a passagem da imagem que queremos para o mundo exterior e obter aquilo que queremos 
  • Marketing comercial em que os objectos publicitados quando associados a pessoas atraentes criam uma sensação de bem-estar que aparentemente está associado à pessoa em questão mas que rapidamente ficam associados aos produtos publicitados. Bem como mensagens sublimes relacionadas com o querer ser igual aquele icon de beleza, querer ser tão forte, tão bonito, tão elegante.

Informação é o coração da sua profissão

É com base na informação que os psicólogos podem diagnosticar as patologias e tomar decisões no sentido de melhorar a vida do paciente. Apesar de ter demonstrado nos posts anteriores as minhas razões para a exitação quanto aos diagnósticos (principalmente quando são diagnósticos com carácter determinante e/ou irremediáveis para aquela pessoa) estes ajudam-nos a orientar a nossa abordagem. O que importa é que o passo até ao diagnóstico não seja demasiado recto e sem despiste de outras situações que podem também estar envolvidas. Em qualquer profissão é necessário uma preparação para aquilo que iremos realizar. Mas é nas áreas da saúde que ela é de extrema importância, trata-se da vida física (no caso dos médicos) e psíquica (nos casos dos psiquiatras e psicólogos) dos pacientes. A constante actualização e aprendizagem é por isso necessária. Não só nos congressos, como também através do contacto com vários periódicos da área, comunicações de pessoas especialistas na área, livros e tudo o que seja pertinente para que cada vez se cometa menos erros e se consiga atingir os objectivos que a nossa profissão se propõe. Cada caso é um caso e cada paciente requer uma terapia especifica e direccionada a ele. Somos nós que nos temos que adaptar a ele e não ele a nós e só através de uma elevada flexibilidade cognitiva o conseguimos fazer. Isto é, apenas sabendo o máximo de informação acerca das patologias e do mundo da saúde mental, os psicólogos serão capazes de fazer a escolha acertada para cada caso. Num mundo que está em constante actualização, tem que ser intrínseco à própria pessoa esta busca por estar informado e querer dentro da sua área fazer o melhor que consegue. Somente com a mudança se consegue o progresso e evolução. Einstein, tem uma frase que diz "A curiosidade é mais importante que o conhecimento". Mais que aquilo que adquirimos com a informação que nos é dada é aquilo que analisamos dela. Apenas sendo criativos, introspectivos e curiosos podemos dar uso ao que aprendemos para que seja fruto de sabedoria e nos ajude a progredir. É esta procura do conhecimento que faz que cada profissional seja diferente. Até porque "A essência do conhecimento consiste em aplica-lo uma vez possuído", refere Confúcio, filósofo chinês. Em paralelo ao aumento de conhecimento aparece a consciência da nossa pequenez em relação ao mundo da nossa profissão. Ainda assim, ajuda ao nível da motivação, satisfação, conhecimento e empenho de cada profissional.