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Este blog pertence a uma estudante de psicologia e pretende ser um local onde são colocados textos das diversas áreas temáticas do mundo da psicologia. O seu conteúdo é uma análise pessoal dos diversos temas junto com pesquisas em livros, internet e material académico.



sábado, 20 de agosto de 2011

Procura do psicólogo em crianças, quando se justifica



“A base para a saúde mental adulta é construída na infância...” (Winnicott, 1951/2002, p. 191) 


Psicólogo
O psicólogo é um profissional que trabalha na área de saúde mental e pretende garantir o bem-estar pessoal e social de um determinado indíviduo. O seu trabalho caracteriza-se pelo diagnóstico e orientação de quem o procura. A entrevista é a primeira fase do processo de diagnóstico, nesta o psicólogo informa-se acerca daquilo que perturba o indíviduo, acerca da sua personalidade, da sua história pessoal e da história da família e pretende recolher o maior número de informações possível para a correcta orientação. Para a avaliação pode ser positivo a utilização de determinados testes que ajudem na atribuição de um diagnóstico. Este é um processo gradual e que deve respeitar o indíviduo que procura o profissional. Quando existe o culminar de informações que permite chegar a um diagnóstico, o psicólogo utilizando a sua linha de análise e compreensão do caso, irá orientar a pessoa para a psicoterapia mais adequada naquele momento.

Procura do psicólogo em crianças
De um modo geral, quando uma criança apresenta um mal-estar físico os pais prontamente recorrem a um médico afim de averiguar do que se trata e proceder ao respectivo tratamento. No entanto, quando a criança parece ter um desiquilíbrio emocional os pais ficam reticentes em procurar ajuda. É comum que uma criança que apresente algum tipo de problemas ou algum padrão de comportamento tipificado como "anormal" segundo os padrões da população infantil a que pertence não seja alvo da mesma preocupação em consultar um especialista quanto as problemáticas ditas orgânicas ou biológicas. Os sentimentos de culpa dos pais, a ignorância do mundo interior da criança e o preconceito em relação ao trabalho de um psicólogo são resistências para os pais levarem a criança a um profissional e proceder-se à correcta orientação. Por outro lado, quando tomam a iniciativa e consultam um especialista na área, pretendem saber o diagnóstico exacto daquela criança. Muitas vezes a existência e divulgação precoce deste diagnóstico serve como forma de acalmar os pais mas pode trazer consequências na orientação. Catalogar alguém é sempre uma visão demasiado facilitista e pode ser geradora de diversos riscos, inclusivé o risco de não  conhecer e compreender a verdadeira personalidade do indíviduo.


Importância do diagnóstico precoce
Muitas são as problemáticas que a nível psicológico devem ser diagnosticadas precocemente para evitar a evolução e a existência de danos cada vez mais graves. O diagnóstico precoce e a importância de medidas preventivas são de extrema importância. Em situações iniciais a patologia parece não ser tão determinante, caso seja correctamente orientada. Apesar de considerar que muitas crianças têm uma excelente capacidade de resiliência (capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas) existem outras que podem não lidar da melhor forma com as situações problemáticas que ocorrem na sua infância. Por exemplo, situações de divórcio, privação dos cuidados maternos/paternos, morte de um familiar chegado, entrada na escola e consequente separação materna, entre outros. Cabe aos próprios pais avaliar até que ponto a criança consegue gerir todas as suas angústias e perceber a importância de uma ajuda especializada nos casos em que a criança está a lidar de uma forma que lhe é desconfortável.

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