Através do site http://www.timidez-ansiedade.com/, sabe-se que mais de 40% da população geral sofre de algum tipo de timidez e que mais de 90% apresenta ou apresentou nalgum momento da sua vida. A timidez difere da fobia social onde existe pânico, não sendo considerada um transtorno mental, não está inserida no DSM (Manual de Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais) nem no CID ( Classificação Internacional de Doenças). Não estando relacionada com a falta de realização pessoal, interfere na qualidade de vida da pessoa em questão. Podendo estar associada à dificuldade de falar em público, participar em actividades de grupo, praticar desportos colectivos, dizer ou escrever o que pensa, estabelecer posição de autoridade, divulgar o seu ponto de vista, entre outros aspectos. No entanto, nunca se deve, neste ou noutros casos rotular uma criança de "tímida" pois o efeito pigmalião, efeito associado às nossas expectativas e percepção da realidade, pode induzir directa ou indirectamente o reforço deste tipo de comportamentos.
Esta está então relacionada com um padrão de comportamento em que a pessoa exprime pouco os seus pensamentos ou sentimentos e que não interage activamente, podendo estar associada a vários factores: educacionais, sociais e até biológicos. Pode ser visível desde a infância nas crianças que são ditas de temperamento lento tendo como características: nível de actividade reduzida, retiro perante situações novas e em crianças que geralmente necessitam de mais tempo para se adaptarem a situações novas. No entanto, apesar do senso comum induzir a ideia de que uma criança tímida será sempre assim, tal não é partilhado por um grupo de investigadores da Universidade de Maryland nos Estados Unidos. Anna Buchalla, publicou em Março de 2007, na revista VEJA, um artigo relacionado com estes estudos publicados na revista Current in Psychology Science onde os investigadores referem que é na relação com a mãe que a timidez pode ou não ser favorecida.
- Durante cerca de um ano, estes investigadores do laboratório de desenvolvimento infantil acompanharam crianças com uma mutação no gene 5- HTT que parece estar relacionado com a predisposição para a timidez e tentaram perceber a evolução destas crianças através de um estudo longitudinal. Um dos coordenadores declarou ser "As mulheres mais solitárias e mais stressadas eram as mães das crianças com maiores dificuldades de socialização".
- No entanto, existem outros factores que podem contribuir para favorecer a timidez: mães superprotectoras, frequência da creche ou permanência constante com a mãe
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